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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Um pouco do Manoel de Barros


Todos os seis poemas abaixo foram tirados do "Menino do mato", último livro do Manoel de Barros, que me serviu de antidepressivo dia desses.

"Invento para me conhecer."

"Para cantar é preciso perder o interesse em informar."

"Escrever o que não acontece é tarefa da poesia."

"Eu sempre guardei nas palavras o meu desconcerto."
(esse blog é pra guardar meus "concertos" e desconcertos!!)

"Ele sabia que as coisas inúteis e os
homens inúteis
se guardam no abandono.
Os homens no seu prórpio abandono.
E as coisas inúteis ficam para a poesia."
(ah, poeta, como preciso dessa inutilidade!!)

"Eu queria fazer parte das árvores como os
pássaros fazem.
Eu queria fazer parte do orvalho como as
pedras fazem.
Eu não queria significar.
porque significar limita a imaginação.
e com pouca imaginação eu não poderia
fazer parte de uma árvore.
Como os pássaros fazem.
Então a razão me falou: o homem não
pode fazer parte do orvalho como as pedras
fazem.
Porque o homem não se transfigura senão
pelas palavras.
E era isso mesmo."

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