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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Kundera



Ontem à noite, iniciei a leitura do "A valsa dos adeuses", do escritor tcheco Milan Kundera.


Conheci o Kundera pelo cinema: no final da década de 80 assisti à adaptação do seu livro "A insustentável leveza do ser", com o Daniel Day-Lewis, Juliette Binoche e Lena Olin. Me apaixonei pela história e por esses personagens e então li esse e outros livros dele.


Lembro bem de uma cena do filme em que dois personagens brincavam com um chapéu. Além de linda, sensual e delicadíssima, a cena trazia um chapéu exatamente igual ao que havia acabado de ganhar de presente para integrar-se à minha, então tímida, coleção de chapéus.


Filme especial, presente especialíssimo de alguém muito amado. O presente, de tão lindo, foi roubado em uma festa por pura distração minha, mas a pessoa que mo deu ainda permanece intacta em meus sentimentos.


No livro que estou lendo agora, encontrei uma frase que me surpreendeu pela obviedade e, simultaneamente, pelo inusitado (aliás com o Kundera esse sentimento é recorrente). Aí vai ela:


"O ciúme possui o poder espantoso de iluminar o ser amado com raios intensos e de manter a multidão dos outros homens numa total obscuridade."

Aliás, no filme isso é muito verdadeiro no comportamento da personagem Tereza, que ilumina Thomaz com sua insistência em tê-lo por completo (o que para ela requer exclusividade).

A leveza de Thomaz pesa para ela - para ele a vida é um grande entretenimento. Talvez daí venha seu charme...

PS:

1) Essa frase me faz pensar onde colocamos nossa luz.
2) A cena final do filme ficou indelével em minha memória. Acho que vou rever esse filme, me deu uma nostalgia...
3) O chapéu era igual a esse da foto.

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