Por que "clepsidro-me"?!?!

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

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Pedaços de saudades...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Viajar

Pra mim, viajar é uma necessidade tão imperativa quanto respirar! E faz tempo que não viajo!!!
Estou me sentindo meio sem ar!
Não sei onde li, na verdade não sei se li ou se um amigo meu - tb viajante - me disse, que começamos a viagem no momento em que pensamos sobre ela, no momento em que a planejamos. Concordo plenamente!
Se isso for verdade, eu estou constantemente viajando! rsrsrs Mas agora quero tirar os planos da gaveta e pô-los em prática, pois faz intermináveis 6 meses que não saio pra mais de 100 km de distância de casa!
O problema é decidir o roteiro!!! Como dizia meu ex-marido, não há lugar que eu não queira conhecer!! (Na verdade isso é uma injustiça, pois não tenho nenhuma vontade de ir pra Sibéria nem pros países em guerra!! rsrsrs).
Tenho em mente quatro roteiros pras minhas férias, que estão se aproximando!! Todos ligados à natureza, a mato, a cachoeira, a rio....
Quando me decidir conto! Por hora vou ficar aqui, viajando....

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Burn it Blue

Hoje ganhei, de um amigo muito querido, uma música: Burn it blue, composição de Elliot Goldnthal.
E, como forma de agradecer e demonstrar meu afeto por ele, transcrevo um trechinho da canção, que faz parte da trilha premiada do filme sobre a Frida Kahlo, que é um dos meus preferidos.
Quem canta é o Caetano Veloso e a mexicana Lila Downs.
Aí vai um trechinho de uma tradução livre:

"Incendei em azul
Incendei esta casa
Incendei em azul
Coração ficando vazio
Tão perdido sem você
Mas o céu da noite desabrocha com fogo
E a cama em fogo flutua mais alto
E ela está livre pra voar...."

Vale a pena procurar na net e ouvir a interpretação dos dois, no original, em inglês. Emocionante!!!!

Ultimamente ando muito musical. Talvez porque minha vida esteja muito corrida, eu tenho trocado a leitura pela audição - afinal consigo ouvir música e fazer outras coisas ao mesmo tempo!
Uma das minhas recentes descobertas é a Ana Cañas, em especial uma composição do Nando Reis que ela canta. Acho tão bonita a letra e a Ana interpreta de um jeito que combinou.
O verso que fala do rio definitivamente me fisgou, depois dele comecei a prestar muita atenção toda vez que ouvia essa música!
Se bem que a parte da mentira e do cuidar também são ótimas. Nunca havia pensado em mentira como vaidade, mas sempre achei que cuidado tem relação com a alma, com a sensibilidade - ambas invisíveis.

Luz Antiga

Eu só queria que você cuidasse
Um pouco mais de mim como eu cuido de você
Cuidar é simplesmente olhar
Pro mundo que você não vê
Pra medir o amor não existe cálculo
Um mais um pode não ser dois
Futuro é linda paisagem
Desejo que não é sonho é mera ilusão

Se não sabe
Se afaste
De mim
Se ainda cabe
Me abrace
Enfim

Só ligue se tiver vontade
Só venha se quiser me ver
Mentir é pura vaidade
De quem precisa se esconder
Será que eu vejo apenas o que você não vê?
Eu não entendo como você não pode perceber
Que eu não sei mais
Eu não sei mais, eu não sei mais,
Eu não sei mais, eu não sei mais,
Eu não sei

O sangue é o rio que irriga a carne
E a alma é a terra de um morro
E luz antiga no fim da tarde
Essa saudade sem socorro

quinta-feira, 1 de julho de 2010

escoa

No meu coração tem um ralo,
por onde escoam alguns sentimentos
- não são todos,
apenas aqueles que tencionam fugir,
apenas aqueles que penso inúteis,
apenas aqueles que não são irrigados,
por mim ou por outros.

Alguns deles procuro segurar,
mas, líquidos, fogem entre meus dedos.

Outros enxoto,
mas, teimosos, resistem, empoçados no mesmo lugar.

Meu coração é ofurô,
que por vezes transborda.

Mais Leminski

Difícil citar só uma vez o Leminski...

I
"tudo claro
ainda não era o dia
era apenas o raio"

II
"isso de querer ser
exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além"

Amém, poeta, amém!!!

III
Se
"se
nem
for
terra
se
trans
for
mar"

IV
Para cardíaca
Essa minha secura
essa falta de sentimanto
não tem ninguém que segure,
vem de dentro.

Vem da zona escura
donde vem o que sinto.
Sinto muito,
sentir é muito lento."

V
Razão de ser
"Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê,
Eu ecrevo apenas.
Tem que ter por quê?"

È, poeta, eu também estou zonza......... por isso esse blog!

Leminski








Estava lendo o Paulo Leminski e
achei esse poema:









"Amor, então,
também acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima."

Espero que os sentimentos, sejam positivos ou não, acabem sempre em rima e nunca em raiva. Salve a literatura catártica!!!