Um anônimo me tira pra dançar, no meio da rua,
tendo como testemunhas o edificio Copan, a lua
e a multidão que passa ou a que retém o passo,
pra apreciar aquela dança improvisada.
Sensação boa
de liberdade
de empolgação
de descoberta
do imponderável
do inusitado
da vida que surpreende
O DJ, com sua pick up improvisada na calçada,
nos embala ao som de sucesos antigos
e músicas novas, a maioria desconhecidas por mim.
O gentil estranho
ora me puxa contra seu corpo,
ora me "arremessa" na direção oposta,
pra no momento seguinte me resgatar
e improvisarmos um novo passo.
Ficamos assim, pelo infinito tempo
de uma música.
Tempo em que a alegria do ritmo
toma definitivamente conta de nós.
Tempo em que nossa atenção está voltada exclusivamente
para o improviso da dança.
Tempo efêmero que se cristaliza para sempre na memória,
ao lado de outras tantas experiências prazerosas.
Quando a música acaba - que susto! -
meu parceiro me toma no colo
e gira no ar.
Assim termina nosso voo musical,
do mesmo modo que começou:
surpreendentemente!
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