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terça-feira, 26 de abril de 2011

Saramago




Quem me conhece um pouco sabe que não sou lá muito apaixonada pelos livros do Saramago. Talvez isso se deva a um trauma da época da faculdade, quando tive que fazer um seminário sobre o "Memorial do Convento". Não sei exatamente o porquê, mas esse foi um dos trabalhos mais penosos pra mim, embora tenha achado interessante a ideia da moça que vê a pessoa por dentro...


Desde então, venho tentando ler as obras do Saramago, pois gosto da figura dele. Fiquei muito triste quando ele morreu. Gostava de ouvi-lo falar, gostava de ler suas entrevistas, sempre me interessava por sua biografia (uma vez ganhei um livro com muitas fotos dele - adorei!). O documentário sobre ele e sua mulher Pilar está na minha lista de filmes a assistir - aliás acho que vou vê-lo ainda nessa semana...


Hoje li um livrinho chamado "O conto da ilha desconhecida". Chamo de livrinho, porque é bem fininho, cerca de 60 páginas, como dizia uma professora "ele nem para em pé". Adorei - que prazer dizer isso de um Saramago!!! Vale a pena, pois , entre outras coisas, é uma metáfora da aventura que é a busca pelo auto-conhecimento.


Recomendo a leitura, que é prazeirosa, apesar da falta de pontuação caracterísitca do autor português. Eis uns trechinhos de brinde pra vocês:


"gostar é possivelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar" (p. 32)


"se não sais de ti, não chegas a saber quem és" (p. 40)


"como as pessoas se enganam nos sentidos do olhar, sobretudo no princípio" (p. 49)





PS: o número das páginas se refere a edição da Companhia das Letras (2008), que traz as belas aquarelas de Arthur Luiz Piza.

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