Depois de 11 anos de jejum, ontem foi o lançamento do livro "Em alguma parte alguma", do poeta Ferreira Gullar (mais um pra minha lista...).
Na sessão de autógrafos, que foi na Livraria da Travessa, no Rio, ele disse uma coisa com a qual concordo:
"O poeta não acredita na verdade com "V" maiúsculo, ele sabe que o mundo é caótico e não tem explicação, por isso está mais receptivo a apreendê-lo tal como é" .
Na verdade, eu acho que qualquer expressão artística deve ser assim, pois a verdade depende da miopia dos olhos que a veem (vocês lembram do post sobre o poema "A verdade dividida", do Drummond? Se não me engano postei em março do ano passado...)
Ele falou outra coisa que também acontece comigo: "Escrevo para me livrar de uma emoção. Ninguém consegue ficar emocionado o tempo todo".
No meu caso, ao escrever, eu deixo a emoção fluir, portanto me "livro" dela, mas ao mesmo tempo eu capturo-a, como numa fotografia, assim ela passa a me pertencer para sempre...
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