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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Barthes e suas lições

"Eu tento, portanto, permitir-me ser possuído pela força de toda a vida viva: o esquecimento...
Há um tempo quando se ensina aquilo que se sabe.
Mas há um tempo que se segue quando se ensina aquilo que não se sabe.
Talvez agora chegue o tempo de outra experiência: a de desaprender, quando a gente se permite estar à mercê das transformações imprevisíveis que o esquecimento impõe à sedimentação de todos os tipos de conhecimento, de culturas, de crenças... Essa experiência, eu creio, tem um nome ilustre e antiquado, que ouso tomar aqui sem um pingo de vergonha, no lugar preciso da etimologia: sapientia:
nenhum poder,
uma pitada de conhecimento,
uma pitada de sabedoria,
e o máximo possível de sabor..."

Que minha vida seja um eterno e saboroso "desaprendizado"!! Gostaria de ser como o Alberto Caeiro e ver o mundo pela primeira vez, todos os dias. Assim, como o a criança, meu mundo seria mais lúdico e muuuuito mais saboroso!!!
Desaprender é aceitar o imponderável da vida, afinal, como diz Woody Allen, a vida tem vida própria!!

PS: o texto do Roland Barthes é parte de sua aula inaugural no Collège de France e foi transcrita no livro "Aula", publicado pela Cultrix.

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