Em dezembro do ano passado, eu convidei meus amigos pra assisitir a uma exposição do Steve McCurry, que estava no Instituto Tomie Otake, em São Paulo.
Uma das fotos que mais me marcou foi a "Tempestade de poeira", de 1983. Suas cores vibrantes impressionam. Ela foi tirada na fronteira entre a Índia e o Paquistão, quando o fotográfo precisou interromper sua viagem por causa de uma tempestade de areia.
Contudo, o que mais gostei foi o que o McCurry disse ser a lição aprendida com essa experiência:
"Você não pode ficar preso no que pensa ser o seu destino. A jornada é tão importante quanto o destino. Você tem que estar preparado e aberto para o que você está vendo ao longo do caminho."
Será que o fotógrafo da National Geographic conhecia o Guimarães Rosa?
No livro Grande Sertão: Veredas, o mineiro afirma que "o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe é no meio da travessia"
Que no meu caminho haja sempre tempestades tão belas quanto as do McCurry!
Que minha travessia seja permeada de poesia e sabedoria, como as veredas do Rosa!
E, o mais importante, que eu tenha olhos pra ver e sensibilidade pra sentir a beleza, a poesia e a sabedoria!!!
Ah, se você gostou da foto, veja outras, clicando no link abaixo:
segunda-feira, 12 de março de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nossa, Carla ! Eu fico impressionada como, mesmo sem querer, você consegue iluminar a minha cabeça.
ResponderExcluirTudo isso que você escreveu aí, me fez pensar na minha escolha de permanecer em Recife. Apesar de saber que profissionalmente aqui é melhor pra mim.. será que aqui é meu lugar?
Beijos, e MUUUITA saudade, flor.