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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Leminski, again and forever

Esses dias estava relendo o Leminski.
Eis os meus preferidos daquele dia (pois isso muda conforme meu humor):

dia
dai-me a sabedoria de caetano
nunca ler jornais
a loucura de gláuber
tem sempre uma cabeça cortada a mais
a fúria de décio
nunca fazer versinhos normais

(eu pediria também a criatividade de leminski...)

¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬


coração
PRA CIMA
escrito embaixo
FRÁGIL


¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬


a noite
me pinga uma estrela no olho
e passa


¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬


não discuto
com o destino

o que pintar
eu assino

¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬


acordei bemol
tudo estava sustenido

sol fazia
só não fazia sentido


¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬

a estrela cadente
me caiu ainda quente
na palma da mão


¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬


Transar bem todas as ondas
a Papai do Céu pertence,
fazer luas redondas
ou me nascer paranaense.
A nós, gente, só foi dada
essa maldita capacidade,
transformar amor em nada.


¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬


o amor, esse sufoco,
agora há pouco era muito,
agora, apenas um sopro

ah, troço louco,
corações trocando rosas,
e socos

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