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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Surf


De uns tempos pra cá ando com umas vontades que nunca tive: começar a correr, conhecer Budapeste, fazer artesanato em peças de madeiras, confeccionar uns colares com retalhos de tecidos, aprender a surfar...

Eu sempre gostei de água, mas nunca tinha cogitado a ideia de surfar! O surf me parece que dá uma adrenalina danada e também um contato diferente com o mar! Além de uma liberdade incrível.

A ideia de liberdade sempre me atraiu - gosto de saber que posso decidir segundo minha vontade, que posso seguir a intuição, que posso experimentar, que posso inventar e reinventar.

Hoje estava lendo um livro, o romance "Amar de olhos abertos", de Jorge Bucay e Silvia Salinas, e me deparei com uma metáfora inusitada, mas com a qual concordo inteiramente:

"Podemos viver a vida como se fôssemos um condutor de metrô, sabendo exatamente aonde ir e como é o caminho. Ou então podemos viver como um surfista, seguindo a onda"

Pra mim essa ideia é fascinante!! Viver cada dia, inventar o seu jeito de fazer as coisas, ver qual onda você pegar, qual você vai deixar passar, sem se preocupar com o "modo certo de se fazer"! Isso é viver intensamente, com curiosidade e criatividade!

No livro também tem a seguinte passagem:

"A vida não consiste em cumprir certos objetivos predefinidos; assim seria muito chata. É diferente se nos propusermos a ver o que acontece e decidir como agir à medida que as situações vão surgindo. Muitas angústias e depressões são geradas porque temos uma ideia predefinida de aonde queremos ir (ou porque compramos a ideia de outros a respeito do aonde nós queremos ir - esse comentário é meu, sorry, não resisti) e, quando o plano não funciona ficamos frustados. (...) A vida é mais suportável se adotamos a atitude do surfista: são as ondas que marcam o caminho, não minha ideia de aonde tenho que chegar. É melhor descobrirmos o caminho conforme as pedras que vamos encontrando"

Isso me lembra uma amiga, que sempre cita os versos de Antonio Macahdo: "Caminante, no hay camino... se hace el camino al andar"

E você, prefere o metrô ou a prancha??














4 comentários:

  1. Seguindo a metáfora, o grande problema de "ir na onda" é correr o risco de se afogar, ainda mais se você não sabe "surfar". Por outro lado, viver "na linha" não é garantia de segurança e você pode acabar deixando passar chances únicas.... então, talvez, o melhor mesmo seja saber equilibrar os dois, pegando o Metrô no dia a dia e surfando no feriado (ou quem sabe no fim de semana, se você tiver animo) =D

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  2. Querido, a gente procura sempre garantias, pois assim nos sentimos mais seguros, né? Eu sei porque muitas vezes sou assim.
    Mas creio que não há garantias... a única certeza do ser humano é a morte. A vida é sempre surpreendente e isso talvez seja o seu maior encanto, apesar de também causar medo!!
    Você está certo, há sempre o perigo de tomar um caldo, de engolir água e, quem sabe, se afogar.
    Mas o metrô também tem seus riscos - podemos ir na direção errada, ele pode bater, pode ter um problema qualquer nas engrenagens...
    Claro, o metrô é mais seguro do que o mar, mas por isso mesmo é mais previsível.
    Eu acredito que uma das coisas que me faz sentir viva é o coração pulsando forte, é a emoção, é a supresa!
    Mas acredito também que cada um tem que construir seu caminho, seja pela linha ou pelo mar, portanto acho que todas as formas de felicidade são super válidas!!
    Sabe aquela coisa do Caetano: cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Pois então, cada um sabe a dor e a delícia de ir por terra ou por mar!
    Bj grande

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  3. Olá Carla!!!

    Está convidada a começar a correr então!!! Quanto a surfar e fazer artesanato isso eu não faço a mínima idéia (risos). Posso sugerir "pular de pára-quedas"? Nunca pulei, é um dos meus objetivos.

    Voltando a falar sobre corridas, como diz um amigo: "para correr basta colocar uma perna na frente da outra". Nossa, Budapeste deve ser linda, tenho imensa vontade de conhecer, e se for para correr na "Maratona de Budapeste", melhor ainda. E lógico, registrar em centenas de fotos!

    Estou seguindo o seu blog, que por sinal é muito bom, nos faz refletir as coisas e nos dá uma leveza!

    Gostei da frase "Caminante, no hay camino... se hace el camino al andar"

    Um abraço

    Daniel
    www.fanaticospormaratonas.blogspot.com

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  4. Daniel, seja sempre bem-vindo!!
    Quem sabe vc me incentivando, eu não comece a correr?!?!? Vou tentar, depois te digo.
    Qto a pular de para-quedas...me parece espetacular, mas tenho medo de altura e não gosto de velocidade!!! Mas a sensação deve ser indescritível!
    Eu sempre tento me colocar em situações que me permitam vencer meus medos, então se aparecer a "onda", talvez um dia pule de para-quedas!
    Eu, na verdade, gosto mais da comtemplação, por isso fico mais tentada a saltar de asa delta, pois assim dá pra ver a paisagem, sentir a brisa e tirar umas fotos, outro hobby!
    Bj

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