Na foto,
tirada há 50 anos,
vi um menino.
Causou-me espanto.
Espantou-me não a diferença, mas a semelhança.
O nariz bradava: sou o mesmo.
Os olhos e o sorriso, também reconheci: francos como eu os sabia.
A expressão do rosto,
misto de alegria e curiosidade,
atestava: sou eu, ainda que cem anos
me distanciem do meu retrato.
Minha alma aquietou-se:
desde sempre é assim.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
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